Páginas

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Como águia



Chega um tempo na vida de uma águia em que ela não é mais tão rápida quanto era antes. Sua decolagem não é tão rápida quanto era anos atrás; ela está mais lenta no vôo; suas garras, antes afiadas, ficaram embotadas; calcificações se formaram em seu bico; suas penas se desgastaram, e agora soltam um assobio revelador quando ela mergulha para capturar sua presa. Ela ainda é uma águia, mas perdeu muito de sua força e proeza.
Quando isso acontece, a águia vai para uma rocha elevada tão próxima do sol quanto possível e começa a arrancar suas penas uma a uma – às vezes até sete mil penas. Ela não está nem de longe tão preocupada com a dor quanto com o progresso. Então ela procura um riacho frio e refrescante para se limpar. A água lava toda a lama e sujeira empastadas, os parasitas e os insetos que possam ter se juntado a ela com o passar do tempo. Quando está fresca, limpa e praticamente nua, a águia se expõe ao sol e começa a esperar.
O crescimento renovado de que ela precisa levará cerca de quarenta dias. Durante esse tempo, ela afia suas garras e seu bico esfregando-os para frente e para trás em uma rocha Ela usa a mesma rocha para retirar a calcificação do bico. Outras águias, que já passaram por este processo, podem deixar cair alimento para ela. Ela passa por um período silencioso de uma fraqueza relativa, mas depois sua é renovada.
Creio que Deus quer que aprendamos algo com esse processo pelo qual a águia passa. Há momentos em que nos sentimos secos, fracos, derrotados e desanimados. Há momentos em que sentimos que a vida nos desfere golpes amargos e nossos sonhos desmoronam bem diante de nossos olhos, quando alguém a quem amamos nos fere, quando alguém em que confiamos nos trai, quando realmente achávamos que algo finalmente ia dar certo e não dá.
São esses tipos de situações que fazem com que queiramos desistir. Durante esses momentos, realmente precisamos ser renovados. Se não separarmos um tempo para a renovação, corremos o risco de reagir sem sabedoria e geralmente contribui para transformar situações ruins em situações ainda piores.
(...) Algumas pessoas podem precisar aprender uma lição com a águia e separar um período de quarenta dias de oração, jejum, buscando a Deus, adorando-o e derramando seu coração diante Dele. (...) Talvez você precise de tempo para examinar sua vida e decidir o que não está dando fruto e precisa ser cortado.
(...) Precisamos ter períodos de verdadeiro silêncio porque podemos nos conectar com Deus de uma forma tremenda nesses lugares de profunda paz e quietude.
O tempo é uma das coisas mais importantes que podemos dar a Deus.
         MEYER, Joyce. Nunca desista! 2002, p; 142-143.

sábado, 8 de setembro de 2012

Resistir!

“Muitos cristãos parecem acreditar que sua fé deveria torná-los imunes aos ataques e ao assédio do inimigo, e agem com surpresa quando ele começa a incomodá-los. Isso simplesmente não é verdade; como aprendemos neste capítulo, passaremos por adversidades. Algumas vezes, mas nem sempre, nossas adversidades serão obra do inimigo. O que chamamos de “um golpe de má sorte”, “uma situação”, ou “um dia ruim” pode realmente ser obra do diabo. Diante de tais adversidades, o que fazer?
Primeiro, precisamos lembrar que realmente temos autoridade sobre Satanás, e a Bíblia nos diz que devemos resistir-lhe com firmeza. Tiago 4:7 nos instrui: “Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês”. Precisamos entender que realmente não temos nenhum poder para resistir a Satanás se não estivermos primeiro nos submetendo a Deus. Isso é tão importante que quero repetir: não poderemos exercer poder sobre Satanás se primeiro não nos submetermos a Deus – o que significa simplesmente que precisamos ser obedientes a Ele. Aquela obediência e submissão de todo o coração ao Senhor é o que nos dá a autoridade e a capacidade para resistirmos ao diabo.
Resistir ao diabo não significa que simplesmente queremos que nossas provações ou dificuldades desapareçam, mas sim que estamos determinados a permanecer firmes e a termos um bom comportamento em todo o tempo. “Aquele que está em vocês é maior do que aquele que está no mundo” (1 Jo 4:4); e com o poder de Deus operando em você, você não apenas pode sobreviver ao inimigo, como pode continuar a servir a Deus enquanto a batalha está sendo travada.
Lembre-se, Tiago 4:7 diz que devemos “resistir” ao inimigo. Ele não vai sair simplesmente porque atendermos a um apelo ou usamos bijuterias com símbolos cristãos. Ele não irá embora porque vamos à igreja todos os domingos ou porque temos uma biblioteca cheia de livros e CDs cristãos. Não podemos derrotá-lo a não ser que estejamos firmes em nossas decisões e determinados a nunca desistir.” (p.99)

                                              MEYER, Joyce. “NUNCA DESISTA!”, 2002.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A cultura do alto



Refletir uma cultura do alto na terra é possível?

A vida com Cristo é cheia de desafios e todos nós enfrentamos desafios diários em todas as áreas, de diversas formas, principalmente por fazermos parte de um mundo que questiona todas as atitudes dos que buscam ser parecidos com Cristo. Nós somos uma contra-cultura nesse mundo. Apesar de termos muito da cultura do mundo em nossas vidas, devido ao fato de fazermos parte do mundo (é, não vivemos em uma bolha e muito menos convivemos apenas com cristãos), nós temos que desempenhar a função de contra-cultura nesse mundo, buscar não ter NADA, banir das nossas vidas toda a cultura mundana, para que seja incutida em nós, cada vez mais a cultura de Deus. E que ela transpareça em nossas vidas.
Quando se estuda Antropologia, percebemos que tudo que é diferente é extremamente questionado, posto a prova. Quando os portugueses vieram ao Brasil e se depararam com os índios se julgaram superiores devido ao estilo de vida que levavam, comparando com estilo indígena de ser. Os portugueses foram extremamente etnocêntricos, se julgaram superiores: “Coitado desses índios, andam pelados, não produzem riquezas, vivem do que plantam, cultivam, não sabem nada, não possuem ambição nenhuma.”
Eu imagino os primeiros portugueses falando isso a respeito dos indígenas, olhando com indignação, dó, indiferença, estranhamento. O que os colonizadores buscaram fazer? Incutir a cultura portuguesa nos indígenas. Esses resistiram firmemente. Mas, infelizmente os indígenas não possuíam de artefatos ao nível dos portugueses: armas de fogo! Logo, a batalha foi desigual. Os indígenas foram expulsos de suas terras e DIZIMADOS.
O que a história da colonização no Brasil, a relação dos índios com os portugueses tem a ver com a relação: Deus, mundo e o cristão? Tudo a ver.
Fazendo um paradoxo com a história da colonização, a cultura indígena e a imposição da cultura portuguesa a esses, nós cristãos somos a todos os momentos bombardeados pela cultura vigente no mundo. Pelos valores morais, modo de pensar, agir mundano e a todo o momento somos QUESTIONADOS, questionam a nossa forma de agir perante as situações do cotidiano, nos nossos relacionamentos, forma de pensar e o principal: O mundo fica a todo instante buscando falhas, defeitos em nós, ficam esperando por aquele momento que nós nos igualamos a eles só para depois dizer: - Diz que é crente mais faz tal coisa. Age de tal forma!
Ai fica explicito a responsabilidade que carregamos nas costas por sermos cristãos. Voltando a questão feita no principio: Refletir uma cultura do alto na terra é possível? Sim, é possível. Voltando ao que foi dito no inicio, nossa vida é feita de desafios, está ai um dos maiores desafios nossos: refletir a cultura de Deus na terra.
A palavra de Deus em diversos momentos nos deixa claro que somos capazes de refleti-lo na terra, que somos fortes e em I João 4:4 diz:
“(...) Porque o Espírito que está em vocês é mais forte do que o espírito que está naqueles que pertencem ao mundo.”
O maior habita em você, em mim, em NÓS! Ele é maior do que qualquer coisa desse mundo, do que qualquer força maligna, do que qualquer provação!
“As tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam: mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-las, e assim vocês poderão sair dela.” I Coríntios 10:11.
Está mais que claro que podemos vencer as tentações e refletir a cultura do alto na terra.
A questão é: Não podemos permitir sermos seduzidos por esse mundo e as coisas que ele nos oferece de bandeja. Não é fácil! Ninguém disse que seria fácil. Você pode até cair, escorregar no meio do caminho, mas a diferença está no que você faz após esse ‘escorregão’. Caiu? LEVANTA! Ninguém é perfeito, é santo, mas nós temos que buscar a santidade de Deus e pra isso, se for preciso recomeçar várias vezes, não importa: RECOMECE!
O que importa é a sinceridade, a força em querer estar mais perto de Deus, em refleti-lo nessa terra. Vale apena permanecer na presença de Deus e não se deixar seduzir pelas coisas desse mundo.
Eu só sei de uma coisa: Estou disposta, mas do que nunca a pagar o preço para refletir a cultura do alto. Coração contrito e humildade. É isso que Deus espera de nós. E amor, muito amor por Ele.