Chega
um tempo na vida de uma águia em que ela não é mais tão rápida quanto era
antes. Sua decolagem não é tão rápida quanto era anos atrás; ela está mais
lenta no vôo; suas garras, antes afiadas, ficaram embotadas; calcificações se
formaram em seu bico; suas penas se desgastaram, e agora soltam um assobio
revelador quando ela mergulha para capturar sua presa. Ela ainda é uma águia,
mas perdeu muito de sua força e proeza.
Quando
isso acontece, a águia vai para uma rocha elevada tão próxima do sol quanto
possível e começa a arrancar suas penas uma a uma – às vezes até sete mil
penas. Ela não está nem de longe tão preocupada com a dor quanto com o
progresso. Então ela procura um riacho frio e refrescante para se limpar. A
água lava toda a lama e sujeira empastadas, os parasitas e os insetos que
possam ter se juntado a ela com o passar do tempo. Quando está fresca, limpa e
praticamente nua, a águia se expõe ao sol e começa a esperar.
O
crescimento renovado de que ela precisa levará cerca de quarenta dias. Durante
esse tempo, ela afia suas garras e seu bico esfregando-os para frente e para
trás em uma rocha Ela usa a mesma rocha para retirar a calcificação do bico.
Outras águias, que já passaram por este processo, podem deixar cair alimento
para ela. Ela passa por um período silencioso de uma fraqueza relativa, mas
depois sua é renovada.
Creio
que Deus quer que aprendamos algo com esse processo pelo qual a águia passa. Há
momentos em que nos sentimos secos, fracos, derrotados e desanimados. Há
momentos em que sentimos que a vida nos desfere golpes amargos e nossos sonhos
desmoronam bem diante de nossos olhos, quando alguém a quem amamos nos fere,
quando alguém em que confiamos nos trai, quando realmente achávamos que algo
finalmente ia dar certo e não dá.
São
esses tipos de situações que fazem com que queiramos desistir. Durante esses
momentos, realmente precisamos ser renovados. Se não separarmos um tempo para a
renovação, corremos o risco de reagir sem sabedoria e geralmente contribui para
transformar situações ruins em situações ainda piores.
(...)
Algumas pessoas podem precisar aprender uma lição com a águia e separar um
período de quarenta dias de oração, jejum, buscando a Deus, adorando-o e
derramando seu coração diante Dele. (...) Talvez você precise de tempo para
examinar sua vida e decidir o que não está dando fruto e precisa ser cortado.
(...)
Precisamos ter períodos de verdadeiro silêncio porque podemos nos conectar com
Deus de uma forma tremenda nesses lugares de profunda paz e quietude.
O
tempo
é uma das coisas mais importantes que podemos dar a Deus.
MEYER, Joyce. Nunca
desista! 2002, p; 142-143.
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